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Acesso em: 19 jan 2012
Marcos
Carneiro Lima completa um ano à frente da Polícia Civil
12/01/2012 12:08:14 (1638 leituras)
Em 10 de
janeiro, última terça-feira, Marcos Carneiro Lima completou um ano de gestão
como delegado geral da Polícia Civil. Tendo operado mudanças estruturais na
Instituição, como a do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap),
que ganhou reforço de Centrais de Flagrante e Centrais de Polícia Judiciária,
ele promete continuar priorizando o trabalho de investigação, investindo em
novas ideias que consigam otimizar esse serviço.
“Temos uma
missão constitucional: a investigação, que é a alma da Polícia Civil. Todos os
policiais, do delegado ao carcereiro, de todas as carreiras, na essência somos
todos investigadores de polícia. Temos que ter esse gosto pela investigação de
qualidade, célere. E o nosso foco, além da investigação, é a prisão de criminosos”,
frisou o delegado geral, que em 2012 promete ampliar o rol de atribuições das
carreiras. “Assim todos poderão fazer boletins de ocorrência e investigações.
Será uma grande mudança cultural que mostrará nossa essência investigativa e
que somos profissionais diferenciados. Com isso só temos a ganhar, nós e a
sociedade”, disse.
Considerando
os atuais grandes desafios da Polícia Civil, Marcos Carneiro falou da
importância da renovação do efetivo da Instituição: “Isso é muito positivo para
a sociedade, porque não se pode hoje ter em mente que o comando da polícia
ainda tem a mentalidade da década de 70, do século 20, porque aí quem sai no
prejuízo e perde é a sociedade”, defendeu. “Ser policial é trabalhar com uma
dedicação muito grande, o que provoca um desgaste também muito grande. A pessoa
que quer ser policial tem que estar disposta a servir ao outro e estar ciente
de que fará isso arriscando a própria vida. Não é só um emprego. Ultrapassa
essa coisa do só emprego”, completou.
Citando
alguns pontos positivos para a Polícia Civil como um todo em 2011, o delegado
geral destacou a transferência do Detran (Departamento Estadual de Trânsito)
para a Secretaria de Gestão Pública e o maior compartilhando de informações e
ações entre policiais civis e militares. “Para nós é um grande avanço essa
melhora institucional, e cada um fazendo a sua missão: a Polícia Civil a
investigação e a Polícia Militar o patrulhamento”, mencionou.
No final do
ano, o delegado geral pediu aos diretores de departamento que fizessem um comparativo
entre 2010 e 2011. “Focamos em pontos específicos, como o número de flagrantes,
ou seja, o número de pessoas presas pela Polícia Civil, e o número de
inquéritos policiais relatados, importantíssimo para mostrar o número de
prisões efetuadas, porque não são só os flagrantes, há as prisões de
procurados. Quando a polícia captura alguém que já está condenado pela Justiça,
a sensação para quem é da sociedade é muito boa, porque está vendo que o crime
não compensa e que a justiça está sendo feita”, argumentou.
Em 2012,
segundo o delegado geral, uma mudança será muito importante para a Polícia
Civil: “A Divisão de Capturas será o carro chefe do departamento que vai ser
criado em razão da extinção do Dird (Departamento de Identificação e Registros
Diversos): será o Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas, para
deixar claro que é um departamento de polícia judiciária. Eu defendo que a
Polícia Civil faça o mínimo de ação administrativa”, disse Marcos Carneiro. Ele
explicou que os serviços de identificação e registros diversos ficará diluído
na nova unidade, já que o IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton
Daunt), detentor do maior banco de dados civis e criminais da Polícia Civil,
não mais pertence ao Dird, e sim ao Dipol (Departamento de Inteligência).
Sobre a
reestruturação das carreiras policiais civis, Marcos Carneiro aposta na
eficácia de modificações pontuais. “As polícias modernas do mundo inteiro estão
muito mais simplificadas em hierarquia e estrutura, e o nosso alvo é muito
objetivo, é combate à criminalidade e prisão do criminoso, mais do que isso, é
querer criar mecanismo burocrático em excesso. Entendemos que se não é possível
uma mudança de forma mais radical, que ela seja paulatina, então pedi um estudo
para ampliar o rol de atribuições das carreiras. Todos têm que fazer boletim de
ocorrência e investigação”, afirmou.
Em um
balanço dos primeiros 365 dias de sua gestão, Marcos Carneiro Lima reconheceu
haver ainda muitos desafios a serem enfrentados pela Polícia Civil para que os
serviços prestados à população sejam por ela positivamente qualificados e
agradeceu aos policiais pelos resultados obtidos no último ano. “Aos policiais
civis quero deixar o meu agradecimento, porque nós só chegamos ao final de 2011
com tanta evolução e sucesso da Polícia Civil, graças ao trabalho individual. É
cada um fazendo a sua parte, que o todo é reconhecido pela sociedade”,
declarou.
Por Kerma
Sousa Matos
Foto:
Silvia Freitas