28 de ago. de 2010

SERVIDOR TEM REVISÃO DE 22%

Disponível em: http://www.agora.uol.com.br/trabalho/ult10106u787772.shtml Acesso em: 28 ago 2010

24/08/2010

Bernardo Moura

do Agora

Os servidores de São Paulo que estavam na ativa em fevereiro de 1994 podem conseguir, na Justiça, uma revisão no salário ou na aposentadoria de até 22,25%, referente à conversão da URV (Unidade Real de Valor) para o Real.

A revisão é garantida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que deverá unificar o entendimento, em breve, para todos os tribunais. Assim, ficará mais rápido ganhar a ação.

A perda foi provocada pelas fórmulas adotadas por União, Estados e prefeituras para converter os salários.

25 de ago. de 2010

SERRA: POR UM FIO DE DIGNIDADE


Enviado por ANTONIO ATEU, seg, 16/08/2010 - 10:14

Vaca procura Serra no brejo, mas o tucano estaria num atoleiro mais distante

Publico mais um texto límpido e certeiro de Mauro Carrara.

NOVE DICAS DE OURO PARA JOSÉ SERRA

por Mauro Carrara

Agora, caro Serra, a vaca já foi para o brejo; ou melhor, pastou da sua Mooca para a Várzea do Carmo, atolou ali, à beira do Tamanduateí, pertinho do Mercadão.

No entanto, ainda é possível perder de pouco, não tomar goleada, e fechar a carreira política com alguma dignidade.

Como nasci no Brás, e você na vizinha Mooca, ambos descendentes de italianos, manifesto-lhe solidariedade neste momento inglório. E assim elenco abaixo nove orientações para esta reta final de campanha.

1) Pare de mentir. E, se mentir, minta melhor. Não é possível afirmar, por exemplo, que a Fernão Dias está “fechada”. As pessoas trafegam por lá todos os dias. Você acha que algum desses milhares de motoristas lhe dará crédito?

2) Pare de inventar. Creia-me: pouca gente leva a sério essa história de que você é o “pai” do FAT?

3) Abra os olhos. Você trafegou recentemente pela Regis Bittencourt? Sabe o que o foi feito lá nos últimos anos? Aliás, acredita mesmo que as estradas brasileiras eram melhores na época de FHC? Pare de brincadeira, né?!

4) Admita. Existe uma máfia dos pedágios em São Paulo. Há postos de cobrança em excesso. O valor é altíssimo. E o cidadão ainda tem que enfrentar congestionamentos em trajetos caríssimos em estradas como a Castello Branco.

5) Confesse. Sua gestão desatenta e preguiçosa paralisou as obras de combate às enchentes em São Paulo. A cidade virou um imenso lago contaminado no verão.

6) Reconheça. Que a escolha de seu vice foi um festival de trapaças. E que o amalucado Índio da Costa, o aparentado do meliante Cacciola, não mostrou preparo sequer para ocupar o cargo de síndico no prédio onde residia.

7) Peça perdão. Pela presença vergonhosa no convescote da máfia dos irmãos Vedoin. Preferimos acreditar que você ignorava o esquema das ambulâncias. Peça desculpas pelo caos na segurança pública paulista, pela brutal perseguição aos moradores de rua e também pelo vergonhoso sistema de ensino tucano, que todos os anos destrói o sonho educativo de milhares de crianças e adolescentes de nosso Estado.

8) Demita. Não permita mais que o entrevado Ali Kamel coordene sua campanha na mídia privada. O rapaz sempre foi péssimo jornalista. Não sabe apurar, escreve mal e esconde sua incompetência com arrogância. Como seu “capitão do mato”, tem sido ainda pior. Rompa seus laços também com o gerente da “Tempestade no Cerrado”. Como você pôde acreditar em Eurípedes Alcântara, o protagonista do “Boimate”, o maior vexame da imprensa brasileira em todos os tempos?

9) Regenere-se. Volte a ser o mocinho da UNE. Demita-se da UDN, admita que a gestão Lula é infinitamente melhor que a de FHC e desative urgentemente a central de sabotagem virtual informativa construída pelo insano Alberto Carlos Almeida.

Por fim, Serra, utilize sua influência política para ao menos botar ordem no quintal de casa. Nosso mundo pequeno do Brás-Mooca já não tem polícia, a coleta de lixo é deficiente e a máfia dos fiscais atua livremente, transformando em marajás os bandidos empregados na subprefeitura.

Os calabreses (e os outros ítalo-brasileiros) da Zona Leste ficariam felizes em ver seu representante protagonizar um ato de coragem e decência no crepúsculo de sua carreira política

22 de ago. de 2010

A CRISE DA POLÍCIA CIVIL PAULISTA

Publicado no blog do Luis Nassif
12/02/2010 – 01:00
Republicado no Jornal Oeste Notícias - 13 de agosto de 2010

A crise da Polícia Civil paulista

Vivemos um enorme problema na segurança pública de São Paulo, e digo isto em alusão direta a Polícia Civil paulista, principalmente a que está estabelecida na Capital (conhecida como DECAP).

O problema não é apenas de cunho salarial (que é imprescindível), mas também de cunho funcional, como podemos constatar claramente pela ineficiência do sistema de investigação, ao qual deveria se basear todo o ato da Polícia judiciária (Polícia Civil).

Mas para que os atos investigatórios se tornem eficientes, toda a estrutura corruptível, estabelecidas na forma de favores e cargos políticos precisaria ser desmantelada. Enquanto a cúpula da polícia for formada por Delegados empossados em seus cargos, por apadrinhamento político e não por competência, e enquanto os deslocamentos de funcionários das delegacias se derem a “bel prazer” (vejam as publicações diárias de transferências de funcionários nos Bics), sem qualquer motivação operacional, apenas para a manutenção da estrutura viciada e corrupta ou por mera perseguição pessoal, não haverá condições da Polícia civil exercer sua atividade primeira, que é a Investigação Policial, pois a estrutura funcional estaria comprometida nas atitudes temperamentais de alguns de seus membros, que se acham donos e mandatários eternos da instituição, por serem afilhados de algum político.

A estrutura vigente na atual Política de segurança pública, não se baseia na investigação policial, está mais preocupada com a aparente estrutura de atendimento e de policiamento ostensivo, não se preocupa com os esclarecimentos dos crimes, que são em si a base maior contra a impunidade. Diga-se de passagem, a criminalidade aumenta, não por falta de policiamento ostensivo nas ruas, mas por falta de uma polícia voltada para a apuração dos crimes, com o comprometimento de fazer-se um instrumento de justiça, tirando da sociedade o que ela mais teme, o sentimento de impunidade, que só faz alimentar a violência.

A polícia Civil caberia o papel mais importante, que é o da investigação dos crimes, mas este papel foi colocado de lado pelas administrações que se sucedem, e que não veem que o que habilita a policia civil como instituição é o seu papel investigativo, é o que a difere da Polícia Militar, mas que porém, vem sendo colocado de lado por alguns de seus membros, por motivos e interesses pessoais e políticos, pondo em risco a própria instituição, pois se não ousamos constituir como prioridade nossa prerrogativa de investigar, deixamos em aberto esta possibilidade para outras instituições que o queiram fazer (Ministério Público e a própria Policia Militar), pela importância que tem esta atribuição.

Alguns podem dizer que existem instrumentos para investigação, como alguns departamentos especializados, mas quem vive no meio policial, sabe que não é verdade, e que isto de longe não é o suficiente, pois a máquina continua viciada e mal aproveitada, pois apesar das delegacias especializadas (DEIC, DHPP, DENARC) exercerem atividades investigativas, elas também estão sujeitas as mesmas incertezas e má administração das Delegacias de Bairros, além do que, também não possuem estrutura para arcar com a demanda de crimes a serem esclarecidos, pois também estão sujeitos a funcionários apadrinhados, que muitas vezes não possuem qualificação, ou mesmo vontade de exercerem a função investigativa, apenas querem estar numa posição em que possam se utilizar do cargo em proveito próprio.

A verdade é que a Polícia Civil de São Paulo, no que tange principalmente a capital (ainda existem em algumas pequenas cidades do interior boas administrações), está desmantelada pela incompetência administrativa de alguns de seus membros, que estão mais preocupados com seus cargos e benefícios pessoais, do que em fazer da Polícia Civil uma instituição respeitada pela sociedade e melhor para a maioria de seus membros, que dão a vida por ela e não são reconhecidos.

Vemos hoje em todas as Delegacias da capital, e também em muitas outras do interior, o desvio de função; quase 70% dos Investigadores de Polícia estão lotados em Plantões, em atividade de atendimento ao público, ou mesmo apenas como vigias de prédios de Delegacias, tudo isto em detrimento da investigação. Como podemos exigir uma diminuição da impunidade criminosa, se aqueles que deveriam ser os responsáveis pela investigação e apuração dos crimes, para que a justiça seja cumprida, estão sendo utilizados em funções e em atividades divergentes aquelas que são de sua competência. Como podemos aceitar que uma instituição que foi criada para ser o braço investigativo do judiciário, não contemple com condições e respeito as suas atribuições, seus próprios funcionários (Investigadores de Polícia), que são possuidores de tão importante e necessária competência.

A Polícia Civil de São Paulo necessita de uma grande reformulação, de pessoas que tenham interesse em fazer dela uma força investigativa, que é o motivo de sua existência como instituição, e que seus membros vejam que agindo apenas pelo interesse pessoal ou pela política, ou mesmo utilizando-se de restrições aos seus membros no exercício de suas atribuições primeiras (Investigação), conduziram a Polícia Civil à estagnação funcional, deixando aberta a porta para que outras instituições roubem sua maior prerrogativa, sua maior atribuição, a INVESTIGAÇÃO POLICIAL.