21 de ago. de 2011

PRESENÇA DO SIPOL NA COMISSÃO DE ORÇAMENTO E PLANEJAMENTO DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA PRESIDIDA PELO DEPUTADO MAURO BRAGATO


A Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP) da Assembléia Legislativa, presidida pelo deputado Mauro Bragato, realizou sexta-feira, 19, na OAB em Presidente Prudente, a primeira, das 27 audiências públicas programadas no estado, para discutir o orçamento estadual de 2012.


A audiência reuniu mais de 250 pessoas, entre prefeitos, vices, vereadores, população, representantes de sindicatos, servidores estaduais e aposentados, associações de produtores rurais, entre diversas categorias da região.

Segundo Bragato, o objetivo da Comissão é criar uma nova mentalidade política. “O principal nas audiências, é discutir as prioridades regionais para que as demandas possam se tornar emendas coletivas. Estamos no caminho certo para tornar o orçamento o mais participativo possível”, explicou Bragato.

Conforme o deputado, todos os pedidos foram registrados pela Comissão. As reivindicações serão analisadas por uma equipe técnica que avaliará a compatibilidade com o orçamento e a possibilidade de se tornarem emendas parlamentares. O orçamento do estado para 2012 está previsto em R$ 156,42 bilhões.

Mais de 250 pessoas, entre prefeitos, vices, vereadores, população e representantes de sindicatos e associações, acompanharam e apresentaram propostas na audiência do orçamento estadual para 2012, realizada pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP). sexta,18, em P. Prudente.

 
REIVINDICAÇÃO DO SIPOL

O Presidente do Sipol discursou dizendo da situação de penúria da Polícia Civil na Região do Deinter 8 em razão da carência de recursos humanos. Entramos em colapso, disse. Éramos em 1082 funcionários no ano de 1994. Em fevereiro do corrente ano levantamento demonstrou a existência de apenas 775 policiais civis. Portanto, 307 policiais a menos. Inversamente a população aumentou e passamos a ter a maior concentração de presídios do mundo.

 Segue inteiro teor do Ofício reivindicatório

Ofício nº 13/2011      Pres. Prudente, 19 de agosto de 2011.
Senhor Deputado

                          Cumprimentando-o cordialmente, a Diretoria do Sindicato dos Policiais Civis da Região de Presidente Prudente-SP, vem à honrosa presença de Vossa Excelência expor justificada inquietação com a Instituição, em razão dos motivos abaixo elencados.

                          CARÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS – Na área do Deinter 8, havia 1082 funcionários no ano de 1994. Em levantamento realizado em fevereiro do corrente ano verificou-se a existência de apenas 775 policiais civis. Portanto, 307 policiais civis a menos. Esclareça-se que esses números não incluem a atual Superintendência da Polícia Técnico-Científica. Inversamente, a população aumentou de 1994 até os dias de hoje, recebemos inúmeras penitenciárias, passando a ser a maior concentração de presídios do mundo.

                          Apenas para exemplificar, a Delegacia de Polícia de Tarabai-SP contava no ano de 1993, com um Delegado de Polícia Titular, três Investigadores, dois escrivães, um auxiliar de serviço e uma funcionária pública municipal. Portanto, oito funcionários. Hoje conta com um Investigador de Polícia que está de sobreaviso ininterrupto, à noite, sábados, domingos e feriados, e Delegado de Polícia a distância.

                          As Investigações de crimes de autorias desconhecidas foram drasticamente prejudicadas, em razão da falta de funcionários.

                          Como subproduto da nova realidade surge o desrespeito à dignidade da pessoa humana, no caso os Policiais Civis, com excessivo número de horas trabalhadas, sessenta horas semanais em algumas unidades, excesso de inquéritos policiais em cartório, devido à falta de escrivães de polícia, e no caso das pequenas cidades, sobreaviso ininterrupto.

                          O Policial Civil também é sujeito de Direitos Constitucionais, além de ser um garantidor do Direito à Segurança Pública. Como pode ser esse garantidor de direito, se os seus direitos não são respeitados?

                          DESVIO DE FUNÇÃO – A Diretoria do Sindicato cogitou em promover ações judiciais, no sentido de obstaculizar os desvios de funções por parte de Policiais Civis. Tal atitude por certo inviabilizaria de vez os misteres atribuídos à Polícia Civil. Procuramos usar o bom senso a fim de preservar nossa combalida Instituição.

                          Nunca se prendeu tanto, poderá dizer alguns, e é verdade. Basta observar os dados estatísticos que estão à disposição no site do Governo Estadual. Ocorre que para o meliante ser preso ele terá que perpetrar vários crimes até ser preso em flagrante, o que dá a ele a sensação de impunidade.

                          A Investigação Policial é um fator de grande inibição, pois ensejará buscas e diligências, que inibe o meliante, além de possibilitar prisões em decorrência da investigação, com a colheita de provas e definição da autoria, gerando a sensação de certeza de punição para o meliante.

                          Vivemos a era dos especialistas em segurança. Basta surgir um crime de repercussão, e aparece um número enorme deles. Inobstante, não há milagres, e não há especialista em segurança que dê jeito. Há que se ter investimento em segurança pública, com a presença efetiva do Estado.

                          Posto isto, rogamos à Vossa Excelência a tomada de medidas que visem a contratação de Policiais Civis suficientes para suprir a demanda, aparelhando à Polícia Civil do Estado de São Paulo, com os recursos humanos necessários.

                          No ensejo, manifestamos à Vossa Excelência nossos protestos de elevada estima e distinta consideração.



Lucio Flavio Moreno
Presidente do Sipol



Ao Excelentíssimo Senhor
Deputado Estadual
MAURO BRAGATO
Presidente Prudente-SP.