Para uma greve ser declarada LEGAL há a necessidade de seguir os caminhos que a Lei determina. E por mais indignada que esteja uma Classe, esse caminho não pode se dar ao luxo de ser influenciado pelo crivo da insensatez, da pressa, nem pode ser feita no "embalo" como pregam alguns.
Ao contrário do que muitos pensam, greve é uma coisa INTELECTUALMENTE PENSADA. É pura estratégia. Nada, nem nenhum argumento que se use vai levar um monte de gente para a praça da Sé amanhã só porque o Sindicato chamou. Não funciona assim.
Uma greve acontece com o amadurecimento da base em decidir ir a reuniões, assembleias e encontros sindicais para tratar dos interesses da classe.
E quanto mais indignada a Classe estiver com o próprio Sindicato, ou com o sindicalista mais importante é amadurecer e ter interesse em ir nas reuniões e até mesmo cobrar que aconteçam.
O que se vê é um derrame de reclamações pela Internet, cobranças etc. Mas nas reuniões NADA.
E quando um governo vem e atropela os direitos da Classe pronto. Sobe-se nas tamancas e exigem solução milagrosa das Entidades. Não existe solução milagrosa.
Já a greve de 2008 precisamos lembrar muito bem que o Governo na época disse que quem incitou a greve foi um sindicalista ligado a uma Central. Uma tal força. Temos as reportagens e as gravações. Por que não cobram dele essa conta? Não quiseram responsabilizá-lo? Disseram aliás que se não fosse ele, o encontro entre PM e PC não teria acontecido às portas do palácio. Então porque querem agora responsabilizar os Sindicatos por atos individuais?
Tem Estado que ainda não saiu da ditadura. Copia seus antecessores em tudo.
