5 de mai. de 2013

REUNIÃO COM O SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA/CHEFE DE GABINETE DO SECRETÁRIO DA FAZENDA


Presidente Prudente, 04 de maio de 2013.

No dia 03 de maio de 2013 os Presidentes das Entidades de Classe de maior expressão e representatividade dos Policiais Civis do Estado de São Paulo (Capital e Interior) estiveram reunidos com o Secretário de Segurança Pública pela manhã e com o Chefe de Gabinete do Secretário da Fazenda durante a tarde.
À direita o Doutor ANTONIO FAZZANI BINA, Chefe de Gabinete do Secretário da Fazenda



REUNIÃO COM O SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA



LEI 51/85
Em relação à Lei 51 que teve sua recepção constitucional declarada pelo STF o Secretário informou que o Governo do Estado de São Paulo é contra, mas que é um assunto que ainda não foi tratado entre ele e o Governador "formalmente". O SIPOL orienta aos Policiais Civis que pretendam se aposentar de acordo com os ditames do Governo Paulista, que prefira Ação Ordinária diante da negativa da Lei 51 e aguarde decisão transitada em julgado em exercício no cargo, ou novos resultados das negociações das Entidades de Classe e o Governo.

REGRESSÃO DE CLASSE
Quanto a necessidade de o Policial Civil permanecer 5 anos em determinada Classe para não retroagir à Classe anterior ao se aposentar, já houve decisão do STJ (mas não do STF) que diz que a necessidade do interstício de 5 anos deve ser exigida apenas para quem vem de um outro cargo (como Escrivão) e passa para outro (Médico Legista ou Perito Criminal). Então, no novo cargo (Legista ou Perito) é que o funcionário deve cumprir interstício de 5 anos para não retroagir de classe. Porém, o Governo Paulista aguarda a decisão do STF. E que os milicianos tem um regime jurídico próprio e que, no Estado de São Paulo, somente eles não retroagem da promoção recebida.

Bem, diz o SIPOL: se o próprio STF decidiu que a Lei 51 foi recepcionada, e ainda assim há UM ÚNICO ESTADO NO    B R A S I L    que "não concorda", o que podemos esperar também da regressão de Classe?!

O Secretário informa que a regressão de Classe antes de 5 anos na mesma é uma penalização ao funcionário e solicitou a FEIPOL/SE que faça uma solicitação específica para este caso, que ele pessoalmente intervirá junto ao Governo para rever este posicionamento. A FEIPOL/SE já preparou o documento e vai protocolá-lo na próxima semana.

“A” REESTRUTURAÇÃO
Novidade urgente. Ainda não foi apresentado nada às Entidades de Classe. E é posição clara do SIPOL. Não vamos sair por ai dizendo que existe reestruturação se ela não nos é sequer apresentada. Então, diz a SSP que “a” reestruturação está em processo de consultas e avaliações na DGP mas, ao SIPOL e a todas as Entidades de Classe sérias, cabe uniformemente negar a existência de qualquer coisa que não pode ver, estudar e participar. Então para o SIPOL: NÃO........NÃO EXISTE REESTRUTURAÇÃO.

REPOSIÇÃO SALARIAL 2013.
Ninguém no Governo deveria pensar ou imaginar, ou sonhar que a absorção de 50% do ALE no salário base representa REPOSIÇÃO SALARIAL. Não, não é reposição salarial, em conseqüência não é cumprimento da data base. É UMA CORREÇÃO NA FORMA DE PAGAR que o Governo reconheceu estar fazendo de forma equivocada e ilegal que foi IMPLEMENTADA CONVENIENTEMENTE NO DIA DA DATA BASE PARA TENTAR LUDIBRIAR OS POLICIAIS. Infelizmente para o Governo essa péssima espécie de estratégia não passou em branco. Aliás, se realmente foi uma “estratégia” veio de um títere amador e acabou se tornando uma ofensa a inteligência agora não só dos policiais civis.

O Secretário informou que iniciará tratativas sobre reposição salarial para 2013 formalmente com o Governo, visto o Secretário de Gestão Pública, David Zaia ter informado pessoalmente à FEIPOL/SE que não há nenhum “estudo” para reposição salarial dos Policiais Civis para 2013.

E enfatizou que, embora não haja nenhum estudo a respeito, não significa que o Governo não venha a sinalizar com alguma proposta a respeito.

NÍVEL UNIVERSITÁRIO
O Secretário informou que no mais tardar no começo de junho (mas muito mais provavelmente ainda em maio) fará nova reunião com os membros da FEIPOL/SE para tratar especificamente e de uma vez por todas, da questão do NU para Escrivães e Investigadores. Pela primeira vez admitiu que há sim algumas propostas apresentadas pela Secretaria de Gestão Pública e que elas serão discutidas com os Presidentes membros da FEIPOL/SE para que discutam com as bases. Vamos aguardar.

REUNIÃO COM O CHEFE DE GABINETE DO SECRETÁRIO DA FAZENDA.


A FEIPOL/SE e os Presidentes das Entidades foram recebidos pelo Doutor ANTONIO FAZZANI BINA, Chefe de Gabinete do Secretário da Fazenda para tratar da cobrança previdenciária sobre o ALE até então pago aos Policiais Civis.

Em primeiro lugar a FEIPOL demonstrou sua preocupação pelo fato de a Fazenda SOMENTE EM Presidente Prudente não ter aceitado receber um requerimento endereçado ao Secretário da Fazenda feito por filiados do SIPOL e tê-los orientado a protocolar o documento na Delegacia Seccional para que o departamento de pessoal pertinente encaminhasse o documento com relação de remessa.

O Chefe de Gabinete disse que expedirá orientação por escrito para a unidade de Presidente Prudente no sentido de que devem receber documentações análogas, visto estarem endereçadas ao Secretário da Fazenda.

O Doutor Fazzani Bina esclareceu que os Policiais Civis têm agora um excelente argumento para o pedido feito pela FEIPOL/SE (devolução dos valores pagos desde 2009 como contribuições previdenciárias sobre o ALE), que é a Lei de 2013 que determinou a absorção do ALE ao salário base (50%) com o conseqüente reflexo sobre os adicionais e sexta parte.

O documento será encaminhado à consultoria jurídica da pasta e seu posicionamento informado documentalmente a FEIPOL/SE e seus Presidentes integrantes.

Embora o Governo tenha declarado por lei que o ALE teria sido incorporado ao salário, e por isso incidiria a contribuição previdenciária sobre ele, a verdade é outra.

Se o ALE realmente tivesse sido incorporado em 2009 sobre ele deveriam incidir o RETEP e todos os adicionais e sexta parte.  No entanto, sabemos que isso só aconteceu agora em primeiro de março de 2013, tanto que os milicianos passarão a dever tal tributo a partir desta data.

Ora, então o que o Governo fez em 2009 não foi INCORPORAR o ALE, mas tão somente aceitar pagá-lo integralmente após a aposentadoria. Ai está a MÁGICA. O Governo chamou isso de INCORPORAÇÃO. Mas não foi. Porque se realmente tivesse incorporado deveria passar a pagar o RETEP sobre o que incorporou, mais os qüinqüênios, mais a sexta parte.

Por isso os milicianos não tiveram descontado sobre o ALE o valor previdenciário, porque ele NÃO FOI INCORPORADO. Ou seja, continuou sendo um Adicional, só que um adicional sobre o qual não poderia cobrar tributo previdenciário. E cobrou. E cobrou ilegalmente.

E o Governo nem pode dizer que não sabia que os milicianos não estavam descontando o tributo previdenciário sobre o ALE, pois, na hora de conferir os efeitos do valor da MESADA MILICIANA após pagamento, os ótimos economistas da Fazenda desde o primeiro pagamento, já notaram que faltou na arrecadação os 11% sobre o ALE “incorporado”. Ou alguém acredita que o sistema da Fazenda não acusa a falta de algum crédito?!

Como o Governo não é formado de crianças inocentes é claro que ele sabia que a cobrança não era devida. Pois jamais homens sérios arriscariam incorrer em improbidade administrativa.

1 – Afastada, portanto a argumentação de que o Governo não sabia da situação;

2 – Afastada, portanto a argumentação de que a cobrança era devida;

3 – Como corolário, não incorreu o Governo em improbidade administrativa;

4 – À tona a iminente necessidade de devolver os indébitos aos Policiais Civis.

Então, no entendimento do Departamento Jurídico da FEIPOL, e de outras entidades jurídicas consultadas, esses valores devem ser devolvidos aos Policiais Civis, ou cobrado dos milicianos pelo Estado, sob pena de improbidade administrativa.

FEIPOL - SE