Disponível em: http://vp.virtualpaper.com.br/get.aspx?pid=2&eid=306&host=oestenoticias Acesso em: 16 jan. 2012
Na área de
jurisdição do Deinter 8 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), com
sede em Presidente Prudente, dos 54 municípios,, 29 (53%) estão sem delegados
titulares. Na realidade é o espelho do que acontece em todo o Estado de São
Paulo. Um delegado abandona a carreira a cada 10 dias, diz a Associação dos
Delegados da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
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PAULO
GODOY
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Dos 54 municípios, na jurisdição do
Deinter 8 (Departamento de Polícia Judiciário do Interior), com sede em
Presidente Prudente, 29 (53%) estão sem delegados titulares. A realidade é o
espelho do que acontece em todo o Estado de São Paulo. Para agravar ainda mais o
quadro, um delegado abandona a carreira a cada 10 dias, segundo a entidade que
representa a classe.
A falta de delegados no quadro de pessoal
da Polícia Civil paulista está obrigando os profissionais que estão na ativa a
acumular duas ou mais cidades simultaneamente. Segundo a Associação dos
Delegados da Polícia Civil do Estado de São Paulo são as más condições de
trabalho que estão por trás dos desligamentos recentes.
Na semana passada, ao passar por
Presidente Prudente o delegado geral do Estado Luiz Maurício Souza Blazack
disse que seriam necessários ao menos 20 delegados e perto de 250 agentes,
entre investigadores e escrivães, para fazer frente à defasagem de policiais
civis na área do Deinter 8.
Embora a maior parte dos municípios
sejam localidades relativamente pequenas, a falta faz com que aqueles que estão
trabalhando sejam obrigados a perambular entre uma cidade e outra, conduzindo
inquéritos, indiciando acusados e fazendo o papel de executivo, no
gerenciamento de pequenas delegacias.
Um bom exemplo está na cidade de
Pirapozinho. Na comarca, apenas um delegado atende também a outras três
cidades: Narandiba, Estrela do Norte e Sandovalina. Juntas, as três localidades
possuem menos de 10 mil moradores.
Em 2013, a expectativa do delegado
Luiz Blaseck é que todos os concursos realizados pela Polícia Civil reserve
metade dos candidatos aprovados para a capital e região metropolitana e metade
para o interior.
Segundo Marilda Pansonato Pinheiro
presidente da Associação de Delgados, dos 200 profissionais empossados no final
de agosto do ano passado, 25 desistiram de continuar no cargo. Em dezembro, uma
solenidade realizada pelo Governo do Estado no Palácio dos Bandeirantes foi
feita para poder preencher 135 vagasdas que sobraram, mas 23 dos futuros
delegados desistiram da carreira sem nem mesmo tomar posse.
A presidente da associação afirmou
que a média de desistência no quadro de delegados da Polícia Civil Paulista,
que antes era de um a cada 15 ias, chegou a um a cada 10 dias em 2012.
“A tendência é que continue assim,
enquanto o governo, no que diz respeito à política de segurança pública, não
modificar seus conceitos”, ponderou ela.
A reportagem enviou email para a
Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e a Delegacia Geral de Polícia na
quinta-feira e voltou a cobrar sua resposta na sexta, mas ambas não se
pronunciaram sobre o assunto.