11 de dez. de 2012

REUNIÃO DOS PRESIDENTES DAS ENTIDADES DE CLASSE DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO, COM O DELEGADO GERAL DE POLÍCIA.


REUNIÃO DOS PRESIDENTES DAS ENTIDADES DE CLASSE DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO, COM O DELEGADO GERAL DE POLÍCIA.

   Na última sexta feira o Presidente do SIPOL, Senhor FÁBIO RICARDO MARTINS MORRONE, acompanhado dos demais Presidentes das Entidades de Classe representativas dos Policiais Civis do Estado de São Paulo, reuniu-se com o Doutor Luiz Maurício Souza Blazeck, na Delegacia Geral de Polícia, a convite deste.




       Inicialmente, apresentando-se, o Doutor Blazeck discorreu sobre sua carreira, o que inclui ter trabalhado em diversos setores da Polícia Civil, inclusive no Litoral e na Academia de Polícia, mostrando bastante conhecimento do órgão que agora dirige.


         O Doutor Blazeck deu então a palavra aos Presidentes que, além do batido tema “campanha salarial”, deu grande enfoque na situação calamitosa vivida atualmente pelos Senhores Escrivães de Polícia.

   Foi enfatizado que o Policial Civil foi “esmagado”. Que se espera que o novo Delegado Geral defenda o Estado e a Instituição Policial Civil. A Polícia Civil não é um órgão particular. É um órgão do Estado. E o Governo não pode abandonar um órgão do Estado como vem fazendo com a Polícia Civil.

   Houve o relato de um Escrivão de Polícia que sofreu um infarto e foi internado. Durante a internação no Hospital do Grajaú sofreu um AVC. E, quando ainda se recuperava, soube que já havia um “buraco em sua ficha funcional” devido as suas “faltas”. 

    O Sindicato de Santos, na pessoa do colega Senhor Walter, enfatizou a necessidade de reforçar o policiamento no Litoral durante o verão. Não adianta mandar um monte de Policiais Militares para o Litoral se não há quem os atenda nas Delegacias.

   O Presidente Senhor Garcia, da Associação dos Escrivães, informou que os Escrivães estão “adoecendo”. Há relatos de Cartório Central com drogas espalhadas pelo chão, e os funcionários trabalhando com dores de cabeça. Ponderou contra a Portaria DPG 30/12 (que redefine as atribuições dos cargos, e estava sendo interpretada de forma a que todo funcionário, tenha a obrigação de fazer todo e qualquer ato dentro da Polícia Civil). Relatou que, por causa da edição da Portaria DGP 30/12, Agentes de Telecomunicações estavam sendo obrigados a fazer flagrantes. Carcereiros a fazer Registro Digital de Ocorrência, Escrivães a fazer escoltas, etc.

  O Presidente do Sindicato dos Agentes Policiais declarou ser um absurdo abrir concurso para Agente Policial e exigir ensino fundamental.

  O Doutor Emílio, Diretor Jurídico da Associação dos Investigadores de Polícia disse que a Portaria DGP 30/12 está “causando um terrorismo, pois na mão de um superior autoritário, ela vira um chicote. Embora em desuso e já tendo perdido seu objeto, pediu a revogação da Portaria DECAP 8.

   O Doutor Mauricio, Diretor Jurídico do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo também defendeu a revogação da Portaria DGP 30/2012.

    O Senhor Wilson (Wilsinho de Presidente Prudente, Investigador aposentado) também esteve na reunião acompanhando o Senhor Hilkias, e falou muito sobre a necessidade do Governo olhar para os aposentados, que muito deram para a Polícia Civil e não se consideram reconhecidos.

     O Senhor Edivaldo de Farias, Presidente do Sindicato dos Carcereiros, solicitou a inclusão do cargo de Carcereiro Policial na Lei Orgânica da Polícia, pois dela não consta.

   A Senhora Caroline falou em nome da Associação dos Papiloscopistas do Estado de São Paulo pedindo reconhecimento a carreira que quase foi extinta a poucos anos.

   Resumidamente, sem detalhes, foram as palavras dos representantes de várias entidades.

    Já ao SIPOL coube ser representado pelo seu Presidente, Senhor Fábio Morrone que, reconhecendo o empreendedorismo da Administração do Deinter 8, com a relocação da DIG/DISE para um prédio digno, as reformas de acessibilidade da Delegacia Participativa, as muito boas instalações do 1º, 2º, 4º, 6º DPs, DDM e DDI, e também ao novo CPJ, não deixou de concordar com os demais colegas classistas em face da dificuldade enfrentada pelos Senhores Escrivães de Polícia.

     Afinal a Região de Presidente Prudente já contou com 1.084 Policiais Civis e hoje conta com cerca de 769.

    O Presidente do SIPOL entregou ainda a todos os representantes classistas e ao Doutor Blazeck um conjunto de documentos confeccionados e enviados pelo SIPOL a diversas autoridades, incluindo a Corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a respeito do cumprimento de Alvarás de Soltura de Presos em Regime Aberto, terem sido cumpridos pelos Distritos Policiais.

     Enfatizou o fato de que a Administração vem atendendo determinação Judicial para ordenar o cumprimento de tais Alvarás, mas que entende o Conselho do SIPOL ser competência legal para este trabalho dos Oficiais de Justiça.

      A Polícia pode ser acionada pelo Oficial de Justiça para apoiá-lo, com ele presente, mas não, s.m.j., fazer o seu trabalho sem sua presença.

    Estuda o SIPOL entrar com Ação Civil contra a fazenda para que sejam pagos aos Policiais incumbidos dessa função nos moldes do oficialato de justiça.

      O Doutor Blazeck solicitou ao Presidente do SIPOL cópia da documentação, que já estava preparada, e fora gentilmente entregue para estudo.

     O Presidente do SIPOL ainda enfatizou a questão do Nível Universitário e da necessidade de proposta conjunta e consensual entre todas as entidades, sem individualismo ou ingerência política de interesses.

  Apoiou o Presidente do SIPOL as reivindicações dos Carcereiros, Agentes Policiais, Auxiliares de Papiloscopistas, Agentes de Telecomunicações e principal e enfaticamente, dos Senhores Escrivães de Polícia, relembrando que a Polícia Civil não é constituída de uma carreira e, portanto, a luta não deve ser exclusiva nem individual.

  Após ouvir atentamente os Senhores Presidentes das Entidades, o Doutor Blazeck fez as seguintes colocações:

1 – Quando foi entrevistado pelo Secretário de Segurança Pública e pelo Governador, ao ser convidado para o cargo, lhe foi perguntado qual sua melhor característica, e sua resposta foi: “eu ouço tudo, falo o necessário, e trabalho muito. Paciência, é a maior virtude do ser humano”;

2 – Vocês têm a minha palavra de que vou REVER  a Portaria 30/12; (foi aplaudido)

3 – Realmente falta pessoal. Faremos concurso para preenchimento de SEIS MIL cargos para a Polícia Civil;

4 – Ser gestor.  Especializei-me em Gestão de Segurança Pública pensando em me preparar para um momento como este;

5 – Prefiro escolher pessoas a cargos;

6 – Pedi ao Secretário de Segurança Pública que revisse toda a situação da Corregedoria. Os senhores poderão ter uma surpresa nos próximos dias sobre este assunto. Quero uma Corregedoria forte e justa. Haverá a forma justa e legalista, sem que se leve em conta apenas números;

7 – antes do Natal ainda os senhores terão mais uma surpresa, um reconhecimento como forma de sinal dos novos tempos. Não falou em números, percentuais, nem gratificações. Também não falou em pagamento para este ano ou começo do ano que vem. É para aguardarmos, pois não depende dele tal decisão.

8 – Não quero sucesso, quero realizações.
     Por fim esclareceu que após vários anos o Governador abriu as Portas do Palácio para empossar novos Delegados nesta quarta-feira, dia 12 de dezembro, e convidou e pediu a presença de representantes de todas as entidades na cerimônia com o intuito de mostrar força e apoio.

         Todas as Entidades concordaram. E assim terminou a reunião.

         Dia 18 de dezembro o Presidente do SIPOL vai a São Paulo para reunião com o Senhor Secretário de Segurança Pública, acompanhado das demais entidades de classes da Polícia Civil.

         O resultado do tratado nessa reunião será postado o mais brevemente possível em nosso BLOG.
Presidente do Sipol de Presidente Prudente e do
Delegado Geral de Polícia  Doutor  Luiz Maurício Souza Blazeck

         Grande abraço a todos.
         Lucio Flavo Moreno
         Delegado e Advogado do SIPOL.