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13 dez. 2012
OESTE
NOTÍCIAS , quarta-feira, 12 de dezembro de 2012, ano XVII – nº 5.635 Presidente
Prudente-SP
‘GRAMPO’ da
PM é desativado
Central
Telefônica que monitorava 500 linhas do crime organizado, policiais e
jornalistas funcionava ilegalmente
A secretaria de Segurança Pública do Estado de
São Paulo (SSP/SP) publicou, ontem no Diário Oficial, a exoneração do coronel
da reserva da Polícia Militar, Homero de Almeida Sobrinho, que era assessor
especial do secretário Antônio Ferreira Pinto, demitido em novembro. O ON
apurou que a PM, a mando de Ferreira Pinto montou uma central de escutas
telefônicas no CPI (Comando de Policiamento do Interior) a que nem o comando da
região tinha acesso. A central teria capacidade para monitorar de 400 a 500
linhas telefônicas e operava com até 40 policiais militares.
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A queda do
secretário estadual de Segurança, Antonio Ferreira Pinto, derrubou o homem de
confiança dele na região de Presidente Prudente. O Coronel Homero de Almeida
Sobrinho era assessor especial do secretário e foi exonerado no último dia 6,
segundo o Diário Oficial do Estado.
ARAPONGA
O Oeste Notícias
informou com exclusividade a existência de uma Central Telefônica clandestina,
que funcionava no Batalhão da PM e que monitorava telefones e celulares do
crime organizado, de veículos de comunicação e de jornalistas.
RAMIFICAÇÃO
Fonte
informa à coluna que cerca de 500 linhas eram monitoradas simultaneamente.
Muitos policiais militares eram ouvidos na escuta.
ORDEM
O novo
secretário de Segurança, Fernando Grella Vieira, teria determinado logo após a sua
posse a desativação imediata da Central Telefônica Clandestina que a PM montou
em Presidente Prudente.
Em Prudente
Coronel Araponga da PM de Prudente é exonerado
do cargo
A
Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP/SP) publicou,
ontem, no Diário Oficial, a exoneração do coronel da reserva da Polícia
Militar, Homero de Almeida Sobrinho, que desde o dia 10 de junho do ano passado
ocupava o cargo de assessor especial do secretário Antônio Ferreira Pinto,
demitido do cargo no final de novembro. As informações são do jornal Oeste
Notícias.
Ferreira
Pinto caiu em virtude da escalada da violência no Estado, sobretudo na capital
paulista, neste ano, com a morte de mais de cem policiais militares, agentes
penitenciários, além de centenas de civis.
O Oeste
Notícias publicou, no dia três de novembro, que Homero de Almeida Sobrinho
estava trabalhando anonimamente em uma sala disponibilizada pela Secretaria de
Segurança dentro do CPI (Comando de Policiamento do Interior), de Prudente. À
época, nem o oficial nem a secretaria disseram que tipo de trabalho,
exatamente, ele desempenhava.
Segundo
Sobrinho, seu trabalho estava relacionado a projetos que Antônio Ferreira Pinto
vinha desenvolvendo para combater a violência no Estado. Em uma entrevista com
mais de 30 minutos, ele se esquivou de responder que projetos eram esses,
sempre alegando sigilo.
Rebateu
informações obtidas pelo jornal de que estaria incumbido de monitorar os passes
do PCC (Primeiro Comando da Capital) a partir de Presidente Prudente e, assim
como o secretário deposto, disse que a facção não merecia crédito porque estava
acabada. Do dia da entrevista até ontem, 38 policiais militares morreram em São
Paulo. Homero de Almeida Sobrinho comandou a PM de Prudente e região durante
cinco anos, entre março de 2006 e março de 2011. Após a publicação da
reportagem, outras apurações envolvendo policiais militares, muitos com posto
de comando na hierarquia do 18º batalhão, contradisseram a afirmação do coronel
de que sua contratação, após se aposentar, nada tinha a ver com monitoramento
da facção criminosa.
O Oeste
Notícias apurou com diversas fontes que a PM, a mando de Antônio Ferreira
Pinto, montou uma central de escutas telefônicas dentro do CPI, que nem mesmo o
comando da região tinha acesso.
A central
teria capacidade para operar com o monitoramento de entre 400 e 500 linhas
telefônicas, sendo que muitas das ações realizadas em São Paulo, operadas pela
Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), só teriam sido possíveis graças às
escutas e coordenadas enviadas pela equipe do coronel Sobrinho, em Prudente,
que teria até 40 policiais militares envolvidos.
Na conversa
em sua sala, Almeida Sobrinho rasgou elogios à atuação de Antônio Ferreira
Pinto à frente da pasta da segurança. Como a manutenção de seu cargo era
prerrogativa do secretário, quando Fernando Grella Vieira assumiu, no dia 22 de
novembro, a determinação era de que, oficialmente, a central de escutas
telefônicas instalada dentro do CPI de Prudente fosse desmontada.
Outro lado
A
reportagem ligou para a casa do coronel Homero de Almeida Sobrinho, mas ninguém
atendeu. Também enviou email para a assessoria de imprensa da Polícia Militar,
com questionamentos sobre o desligamento do coronel, pedido de informações
sobre a central de escuta, se era legal, se suas gravações tinham aval da
Justiça e o que será feito com o material obtido durante o tempo em que ela
funcionou. Até as 19h30 de ontem nenhuma resposta havia sido dada.