Disponível em: http://flitparalisante.wordpress.com/2012/08/29/celso-russomano-e-o-candidato-da-maioria-dos-policiais-civis-paulistanos/ Acesso em:
30 ago 2012
Celso
Russomano é o candidato da maioria dos policiais civis paulistanos
Quarta-feira,
29 de agosto de 2012 – 20h20
Proposta
Russomanno
quer vigias atuando na segurança de São Paulo
Agência
Estado
O candidato
do PRB a prefeito de São Paulo, Celso Russomanno, apresentou nesta quarta um
pacote de medidas que pretende adotar na segurança pública, se for eleito, ao
participar da série Entrevistas Estadão. O ex-deputado, líder em pesquisas de
intenção de voto, quer ampliar os investimentos e as atribuições da Guarda
Civil Metropolitana (GCM), integrar a corporação com as Polícias Civil e
Militar e até contar com os vigias noturnos de rua nos bairros.
Pela
Constituição, segurança pública é responsabilidade dos governos estaduais, mas
costuma ser uma das áreas com mais queixas em pesquisas eleitorais, mesmo nas
campanhas para as prefeituras. Ações como zeladoria e iluminação pública
costumam ser apontadas como forma de prefeitos ajudarem os governadores nessa
tarefa.
Russomanno
indicou nesta quarta que quer ir além disso. Dizendo-se em sintonia com o
governador Geraldo Alckmin (PSDB), o candidato afirmou que vai ceder tablets e
radiotransmissores não só para a GCM, mas para policiais civis e militares, a
fim de melhorar a comunicação entre os agentes de segurança.
“A
Prefeitura vai colocar à disposição uma frequência de rádio e todos vão
conversar ao mesmo tempo: Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Civil
Metropolitana. Quando houver a ocorrência todos receberão a informação e a
viatura que estiver mais próxima da emergência vai atender com rapidez”,
afirmou. As chamadas ao 190 são gerenciadas pela central da PM, subordinada ao
governo estadual.
Russomanno
disse que pretende aproveitar os 300 mil vigias noturnos e seguranças de rua
que atuam na cidade para trabalhar em conjunto com os agentes públicos. “Só com
isso vamos quadruplicar a quantidade de pessoas nas ruas”, estimou. O candidato
propõe um cadastro de vigilantes, para checar antecedentes criminais, mas não
citou treinamento específico para essa nova missão. “Eles continuarão fazendo o
trabalho que eles fazem, ganhando dos moradores, mas serão uniformizados e vão
receber um rádio. É suporte de segurança pública.”
Autoria
Para
Russomanno, a GCM está “totalmente abandonada, desmotivada e largada” e, além
de investir no aparelhamento dos agentes, vai promover mais concursos para
ampliar o contingente municipal.”Esses homens vão para a rua, como a legislação
prevê, vão atuar em prisão em flagrante. A Guarda Civil pode fazer revista e
pode apreender o que é ilícito”, explicou. O candidato não só elogiou a
Operação Delegada – que dá aos PMs a possibilidade de trabalhar para a
Prefeitura nas horas vagas – como disse querer estendê-la a policiais civis e
GCMs e ainda reivindicou a paternidade da iniciativa, adotada em 2009. “Foi idéia
minha na campanha para governador.”
Russomanno
citou Paris ao dizer que São Paulo tem muitos pontos de luz, mas é “escura”, e
que vai pedir recursos federais para investir na iluminação. “O dinheiro
existe, nós não precisamos tirar do orçamento da cidade. Eu vou buscar esse
dinheiro do Programa Reluz e vamos fazer em São Paulo”, prometeu.
O candidato
também disse que vai ampliar o sistema de câmeras em vias públicas. “Vou fazer
monitoramento das ruas, como o Rio de Janeiro está fazendo, através de
câmeras.”
Inspiração
Questionado
sobre quem o inspira na política, Russomanno citou “o estadista” Aureliano
Chaves, vice-presidente do governo João Figueiredo e com quem trabalhou no
Ministério de Minas e Energia na gestão José Sarney. Antes, o candidato do PRB
começou a carreira política como assessor na Casa Civil paulista do governador
Paulo Maluf (1979-1982), por indicação do então vice-governador José Maria
Marin, hoje presidente da CBF.
Ao falar
dessa ligação com governos da época do regime militar, Russomanno lembrou que é
da reserva da Aeronáutica. “Não tenho problema nenhum com isso (em trabalhar
para governo militar)”, disse. “Tenho uma relação muito boa com os militares,
não tenho problema nenhum com eles, mas isso não quer dizer que eu apoiasse o
regime militar. Acho que o Brasil tem de viver o que a gente está vivendo, que
é o amadurecimento da democracia”, ponderou.
Ideologia.
Hoje, Russomanno diz ser uma pessoa de centro. “Gosto de ouvir sempre os dois
lados”, afirmou, lembrando um bordão dos tempos do programa Aqui Agora, no SBT.
“Que direita e que esquerda temos hoje no Brasil?”, ironizou.
Se eleito,
o candidato do PRB disse que sua primeira medida será fazer com que “os médicos
cheguem na periferia”. Ele defendeu a proposta de pagar R$ 20 mil para levar
mais médicos para bairros carentes e disse que isso, ao melhorar a prevenção de
doenças e reduzir a demanda nas emergências, seria uma política mais barata
para o Tesouro municipal. “Tem de ter vontade política para fazer”, afirmou.