27 de jun. de 2012



Pela quarta noite seguida, criminosos incendeiam mais 4 ônibus em São Paulo

Três veículos foram incendiados por criminosos na zona norte e outro, na zona sul da cidade

iG São Paulo, com informações da Agência Estado | 26/06/2012 22:29:22- Atualizada às 27/06/2012 04:46:01

AE
Um dos ônibus foi incendiado no Tremembé, zona norte de São Paulo


Mais quatro ônibus foram incendiados por criminosos na noite desta terça-feira (27) em São Paulo. Esse é o quarto dia seguido em que coletivos são queimados na região metropolitana da capital paulista, em um momento em que as polícias do Estado de São Paulo estão em alerta em razão de uma série de execuções de policiais militares e ataques a bases da PM, ocorridos neste mês.

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Segundo o Corpo de Bombeiros, três dos ataques aconteceram na zona norte da cidade, no bairro do Tremembé. A quarta ocorrência foi registrada no Sacomã, na rua Brigadeiro Amilcar Veloso Pederneiras, região sul.

Ninguém ficou ferido, já que os criminosos pararam os veículos e mandaram os passageiros descerem antes de atear fogo.

Esse é o nono veículo queimado por criminosos nos últimos dias. Durante a noite desta segunda-feira e a madrugada desta terça-feira, doiscoletivos foram queimados na zona leste, em Sapopemba, e na zona sul, no Sacomã. No domingo, pelomenos outros dois veículos foram incendiados. O fogo também atingiu uma garagem de ônibus e dois veículos de passeio. Já no sábado, criminososatearam fogo em um ônibus e tentaram atacar uma base da Polícia Militar, emDiadema, no Grande ABC.

Protesto e recolhimento de ônibus

Usuários de ônibus, principalmente os das linhas operadas pela Viação Sambaíba, realizaram um protesto, no início da madrugada desta quarta-feira, 27, bloqueando a Avenida Cruzeiro do Sul junto à Rua Gabriel Piza, ao lado do Terminal de Ônibus de Santana, na zona norte da capital paulista.

Dezenas de pessoas, cansadas de esperar pelos coletivos, invadiram a avenida, mas foram retiradas do local com a chegada da Polícia Militar. Os veículos foram retirados de circulação pela empresa em razão dos ataques.

À 1 hora desta madrugada havia ainda cerca de 30 pessoas concentradas na via, Muitas delas, ao receberem a informação de que os coletivos da empresa que estavam parados no terminal não sairiam, tentaram abrir à força as portas dos veículos. Não houve confronto entre a PM e os manifestantes. Uma senhora afirmou que desde as 18 horas esperava por um coletivo.

Os sete executados

Apósnova onda de ataques à polícia agentes que fazem o patrulhamento no Estado trabalham em alerta total. Mais policiais estão nas ruas e a segurança foi reforçada na capital paulista.

Pelo menos sete mortes de policiais aconteceram desde 30 de maio. Seis delas nos últimos 12 dias, sendo que nos últimos quatro dias foram registrados quatro casos, um por dia. Veja abaixo quais foram os sete últimos executados, em uma sucessão de crimes considerada por Jorge Carlos Carrasco, diretor do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), uma “retaliação” dos criminosos ao trabalho da Polícia Militar.