Disponível em: http://www.sindpesp.org.br/n/default.aspx?IdNoticia=196&ver=tlhhA3LEOscXidL[*****]xFgAlQ==&pm=tlhhA3LEOscXidL[*****]xFgAlQ==&gp=K5WFBCfutt4kMktyZ4Bywg==&ch=9jmrFAiZ[*****]QNRGIadyAPwRg==&vl=4Y1aHNlOQCYe4aoIs9tQccgC6YGC9B0g[***]LpuC6IK9gg=&Area=1
Acesso em: 25.03.2012
São Paulo
distribui agrados para acalmar policiais - resposta a matéria publicada no
jornal O Estado de São Paulo em 12/02/2012.
A matéria
com o título “São Paulo distribui agrados para "acalmar" policiais”,
veiculada no jornal O Estado de São Paulo no dia 12 de fevereiro de 2012, é
tendenciosa e não reflete a realidade.
O Governo
de São Paulo realizou suas manobras para esvaziar eventuais movimentos grevistas,
entretanto, está muito longe de atender as reivindicações da classe.
As manobras utilizadas pelo Governo do
Estado são a tortura psicológica e o terror que se implantou nas bases das
classes policiais.
Por exemplo, na Polícia Civil a
Corregedoria passou a ser subordinada diretamente ao Secretário de Segurança
Pública, e após este fato, o que mais tem se ouvido no meio policial é que “a
ordem é demitir, o Judiciário que reintegre, se for o caso”.
O Governo do Estado não obedece a
Constituição Federal e tão pouco a Estadual, pois ambas determinam que a
Polícia Civil é dirigida por Delegado de Polícia de carreira, assim, o Decreto
54.710/2009 é totalmente inconstitucional, e o Governador Geraldo Alckmin sabe
disso, mas não liga, ao contrário, apoia plenamente porque lhe é conveniente.
Precisamos de uma Corregedoria forte e independente (aliás, todos os órgãos
públicos necessitam disto), contudo, que seja, antes de mais nada, justa e que
não sirva de instrumento de gratuita repressão administrativa.
Não obedece
as Constituições Federal e Estadual no que se refere à forma de pagamento dos
policiais, pois ambas determinam que a remuneração destes servidores seja feita
através de subsídios, o que, por si só, corrigiria as distorções entre
policiais em exercício, aposentados e pensionistas. Mas o Governador Geraldo
Alckmin não liga, aliás, economiza muitos milhões sugando o funcionário público
e matando, aos poucos, os funcionários aposentados e os pensionistas, pois
estes, em muitos casos, sequer conseguem comprar os remédios que necessitam.
O Delegado de Polícia do Estado de São
Paulo recebe uma das piores remunerações do país, na realidade a pior, pois
outras unidades federativas que estavam em situações semelhantes em termos
salarias, estão em plena negociação, e em outros, Governadores já equipararam o
Delegado de Polícia ao Procurador do Estado ou ao Defensor Público.
O Governo do Estado de São Paulo, com sua
política neoliberal de Estado mínimo, busca sempre enfraquecer as instituições
públicas, e o faz de maneira ardilosa. Cria falsas expectativas, concede aquém
do mínimo necessário em termos de reposição salarial e anuncia como se
estivesse concedendo reajustes acima do que nos tem lesado nos últimos 17 anos
de governo.
O Governo do Estado prega suas mentiras aos
quatro ventos, e o pior, ainda encontra no meio do funcionalismo quem lhe dê
respaldo.
Até quando
os funcionários públicos do Estado de São Paulo vão suportar este tratamento
tirano?
Frise-se,
por fim, que o tratamento governamental é considerado “agrado” por apenas
alguns poucos que tem acesso à mídia e de posicionamento claramente
governamental.
George
Melão
Presidente
do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo – Sindpesp.