NOTA: LUÍS CARLOS DE ALMEIDA HORA, foi Investigador de Polícia em Presidente Prudente, hoje é Delegado de Polícia no Estado de Rondônia.
(desculpem.
apertei o enviar sem querer)
... Crimes
contra a vida se iniciam depois que o fato ocorre e demandam árdua
investigação. Nessa seara, que a polícia judiciária tem de mostrar todo o seu
valor, mesmo porque as provas periciais alusivas à materialidade, em regra, não
imputam autoria. Quando possíveis, são adminículos para determinação de
circunstâncias. A PROVA FUNDAMENTAL QUE SE DESENVOLVE AQUI É A PROVA SUBJETIVA
...
Essas
investigações tem de ser desenvolvidas por profissionais capacitados, moldados
durante anos, na investigação do dia-a-dia dentro de delegacias que,
EFETIVAMENTE, realizam investigações.
Um
investigador de homicídio é muito diferente de um investigador de patrimônio,
que é muito diferente de investigador de drogas.
Pois bem.
Dentro desse panorama, depois de dizerem que nossa investigação é mera peça
informativa, resolveram desenvolvê-la. Não está dando certo porque eles estão
em seara alheia.
Perceberam
que não é qualquer um que faz, e dentre nós, nem todos tem habilidades para
fazê-lo.
Assim, é
necessário que tenhamos um órgão PROFISSIONAL.
Por isso
que outros órgãos, hoje, estão abraçando (indiretamente) a nossa causa.
Não tem
sentido dizer que nossa carreira não é jurídica. É um absurdo.
Além de
jurídica, ele é policial, que é o nosso diferencial - atividade híbrida: cartorária
e de campo.
Só pra
rematar, a necessidade de profissionalismo é tão grande e é muito perceptível
quando tratamos de interceptações telefônicas.
Hoje, se
pretende encerrar uma investigação dentro de uma sala, apenas com recursos
eletrônicos. Não funciona.
A gravação
telefônica é mais uma "prova" indiciária. Ela tem de ser cotejada num
contexto, com os testemunhos, a prova material e tudo o mais. A atividade de
campo é indispensável. Quem investiga sabe que já passou a
"coqueluche" da interceptação. Só um ou outro “Mané” ta falando
demais no telefone, ou uma ou outra autoridade corrupta que acha que não será
grampeada por causa do cargo que ocupam. Daí, se dão mal, porque confiam
demais. Mas isso já virou exceção.
Amigos,
lavrar flagrante e finalizar inquérito de autoria conhecida dentro de cartório
qualquer bacharel em direito acaba fazendo.
Nós somos
(temos de ser) DELEGADOS. - Híbrido de carreira jurídica e atividade de campo.
Luís Carlos
de Almeida Hora