Ato foi
feito em solidariedade ao titular da delegacia preso pela Corregedoria
26/05/2011 –
11:35
EPTV.com –
Fabiana Assis
Atualizada às 13h53
Quatro
Delegados auxiliares e o investigador-chefe da Delegacia de Investigações
Gerais (DIG) de Ribeirão colocaram o cargo à disposição. Agentes,
investigadores e escrivães da delegacia também abriram mão de suas funções.
Os
Delegados se reuniram como titular da Seccional, Adolfo Domingos da Silva
Junior, na noite de quarta-feira (25), para comunicar a decisão, tomada em
solidariedade ao titular da DIG, José Gonçalves Neto, preso em flagrante na
última terça-feira (24), acusado pela Corregedoria da Polícia Civil de posse
ilegal de arma, após um calibre 36 ser encontrada na sua sala. Gonçalves Neto
disse que a arma pertencia a um amigo, o agropecuarista Clibas Clemente, que
confirmou a informação.
A Delegacia Seccional ainda não se manifestou sobre a reunião realizada na quarta-feira. Informações do Jornal A Cidade afirmam que, durante a conversa, o seccional pediu para que os delegados Carlos Henrique Garcia Leandro Arabe, Ricardo Turra e Ariovaldo Torrieri, da DIG, tivessem paciência e continuassem à frente da delegacia e que colaborassem com o delegado que deve assumir o lugar de Gonçalves Neto.
A Delegacia Seccional ainda não se manifestou sobre a reunião realizada na quarta-feira. Informações do Jornal A Cidade afirmam que, durante a conversa, o seccional pediu para que os delegados Carlos Henrique Garcia Leandro Arabe, Ricardo Turra e Ariovaldo Torrieri, da DIG, tivessem paciência e continuassem à frente da delegacia e que colaborassem com o delegado que deve assumir o lugar de Gonçalves Neto.
A
Secretaria Estadual de Segurança não confirmou se o delegado, que está de
licença-prêmio, será afastado do cargo. Ele afirmou que irá esperar a decisão
da Justiça sobre sua prisão antes de tomar alguma iniciativa, que está apoiada
pela Associação dos Delegados. “Não espero outra decisão a não ser dado o ato
como nulo e o inquérito arquivado”, afirmou por telefone ao EP Ribeirão,
Gonçalves Neto. Na quarta-feira (25), dia do seu aniversário, ele protocolou um
requerimento na corregedoria autorizando revista nas contas bancárias, telefônicas,
imposto de renda e residência.
Comoção
A prisão do
titular da DIG causou comoção na comunidade policial de Ribeirão Preto. Gonçalves
Neto e o Sindicato dos Policiais Civis de Ribeirão Preto (Sinpol) afirmam que a
medida foi reprimenda após denúncias sobre a situação precária da Polícia Civil
em Ribeirão Preto, feitas pelo delegado em um congresso da corporação realizado
em fevereiro.
Levantamento
do Sinpol aponta que faltam, pelo menos, 250 policiais civis na cidade sendo
150 investigadores, 80 escrivães e 20 delegados.
Para o
presidente do Sindicato, Emauri Lucio da Mata, a postura critica de José
Gonçalves Neto foi a causa de seu afastamento pela corregedoria da Polícia
Civil de São Paulo. “Efetivaram o que tinham vontade, em função dos depoimentos
que ele (Neto) deu, dos parcos recursos que temos aqui em Ribeirão Preto”,
afirmou.