15 de fev. de 2011

3. POLICIA CIVIL PEDE SOCORRO

Categoria reivindica contratações emergenciais

"Falta gente em todas as delegacias. Existe promessa de concursos faz tempo, mas a Secretaria de Segurança Pública não realiza. Há sobrecarga na categoria e em muitas cidades, 60% do corpo policial civil acaba tomando remédio de tarja preta. 
Já enviamos vários ofícios ao secretário de Segurança Pública e participamos de reuniões com o delegado Geral do Deinter. Vivemos em situação de penúria", afirma o presidente do Sipol (do Sindicato dos Policiais Civis da Região de Presidente Prudente), Lúcio Flávio Moreno. Para o sindicalista, a população é quem sofre mais. "As investigações hoje são superficiais, pois há desvio de função e o investigador, além de cumprir suas obrigações, tem que arranjar tempo para as outras, que deveriam estar a cargo dos demais servidores. Não há como se dedicar mais. A DIG, por exemplo, teria que ter 40 investigadores, mas possui apenas 14", disse. Moreno acredita que existe um processo proposital de sucateamento da Polícia Civil paulista. "Acredito que há falta de interesse do Estado, em relação a elucidação de crimes. Gritamos por socorro faz tempo e ninguém ouve. A população precisa da Polícia Civil para socorrê-la. O bacana (rico) contrata segurança. É isso", finalizou. "Não tem essa de registrar Boletim de Ocorrência pela Internet. Nem todo mundo tem acesso ou sabe mexer com isso. Que é injuriado, roubado, quer ser ouvido, quer desabafar e a Delegacia de Polícia tem que estar aberta para isso. Ninguém quer uma máquina para denunciar", disse um policial civil.