10 de jan. de 2011

NOVO DELEGADO GERAL DIZ QUE POLÍCIA CIVIL PRECISA DE UM CHOQUE DE GESTÃO

http://flitparalisante.wordpress.com/2011/01/10/novo-dgp-de-sp-diz-que-pc-precisa-de-um-choque-de-gestao/

Polícia Civil de São Paulo tem nova chefia

Folhapress

São Paulo – O novo delegado-geral de São Paulo, Marcos Carneiro, foi escolhido ontem para o cargo para tirar a Polícia Civil da pasmaceira, segundo a reportagem apurou. A avaliação do secretário de Segurança, Antonio Ferreira Pinto, é que Polícia Civil precisa de um choque de gestão que tenha como epicentro a melhora na qualidade da investigação e no atendimento à população. Exemplo do atraso: só 20% dos boletins de ocorrência em São Paulo são feitos via Internet, o que é considerado um índice baixíssimo. No Rio de Janeiro, por exemplo, já é possível agendar pela Internet o registro de uma ocorrência. Os policiais vão até a casa do cidadão.


Carneiro, 53 anos, era o diretor do Demacro, o conjunto de delegacias das cidades que formam a Grande São Paulo, com exceção da capital. Foi também das divisões de homicídios, antissequestro e Corregedoria Geral.

Na corregedoria, Carneiro teve armas apontadas para sua cabeça e foi ameaçado ao fazer uma prisão na sede do Denarc (narcóticos).

O secretário não esconde de ninguém que considera fraquíssima, para usar uma palavra polida, a gestão de Domingos Paulo Neto, que deixou a chefia da polícia.

Carneiro é considerado um delegado de perfil “operacional”, do tipo que gosta de investigação de cunho mais científico, tem ideias inovadoras e vai às ruas.

Duas dessas ideias surgiram na passagem pela delegacia de homicídios. Ele criou uma unidade chamada Grupo Especializado em Assessoramento de Local de Crime (Geacrim), que tinha como função investigar a cena do crime nas primeiras 48 horas, período decisivo para buscar provas.

Outra criação foi um questionário para o preenchimento de boletins de ocorrência. A avaliação de Carneiro é que, com a queda de qualidade no ensino, os boletins de ocorrência se tornaram cada vez mais obscuros e cheios de jargões, o que resultava numa peça quase inútil.

Advogado formado pela USP, Carneiro é visto como um profissional capaz de reatar a confiança da Polícia Civil no secretário de Segurança. Por conta das investigações em torno de policiais suspeitos de corrupção, Ferreira Pinto é tido como um inimigo da Polícia Civil.

A principal qualidade de Carneiro para essa tarefa é o respeito com que é tratado pela base da Polícia Civil e de ele não fazer parte dos grupos políticos que disputam o controle da Polícia Civil