O SIPOL não se envolve diretamente em política. Nem desejamos o mal de ninguém. Muito pelo contrário.
Boa sorte ao Padilha, à Dilma, ao Skaf, ao Alckmin, etc.
É fato que enaltecemos sempre o companheiro Georges Habib, mas é Policial Civil, e precisamos dele lá.
Pois bem, todos sabem, ou deveriam saber, que o Presidente, o Governador e o Prefeito não governam sozinhos.
Aliás, quem garante que mandam muito?
Um político não é eleito sozinho. Ele tem muitos colaboradores. De várias origens. E são esses colaboradores que têm voz ativa no Governo. E o político é o instrumento de implementação dessas vozes.
Muito pode se enganar alguém ao xingar e escorraçar esse ou aquele político por conta de determinadas decisões.
Pois a maioria das decisões não são tomadas por um único homem ou mulher, durante um momento de reflexão ou uma epifania.
Decisões em geral são tomadas de acordo com a filosofia e ideologia do partido e das forças que atuam nele e sobre ele.
Em outras palavras: novamente muito pode se enganar quem acha que o nome escolhido vai ser melhor ou pior para essa ou aquela Instituição, pela convicção pessoal, apenas.
Há sim necessidade de reflexão detida de cada um sobre a força que a Polícia Civil tem, e não o político. Não força no sentido de bater de frente com alguém ou algo. Mas no sentido de se fazer entender dentro do contexto social.
Vejamos.
Vá até o livro de registro de R.D.O. de sua unidade, e veja quantas ocorrências foram feitas em apenas um sábado.
Veja o número de pessoas envolvidas.
Pois bem. Essas pessoas ou são trazidas por policiais fardados ou chegam por conta própria.
Mas todas elas buscam ajuda. E absolutamente TODAS vão, ao retornarem a suas casas, contar o que lhes sucedeu na Delegacia a MUITAS OUTRAS PESSOAS.
Percebam o tamanho do público que falará de Polícia Civil durante a semana em cada Bairro, apenas da Capital. Estique isso para a Região Metropolitana. Agora para todo o litoral e em seguida para o interior.
Faça então a conta mensal. E pense:...quantos políticos gostariam de ter acesso a tanta gente para "atender" em momento de fragilidade e necessidade.
Essas pessoas podem já ter sido mal atendidas em outros órgãos, e o primeiro lugar que lhes vem na mente é a Delegacia.
A porta de entrada e portanto a recepção desse volume extraordinário de pessoas são, evidentemente, todos os Policiais Civis.
Então, quando o amigo da onça vier lhe fazer propostas de apoio a esse ou a aquele candidato, como vieram a nós, pense. Pense bem.