1 de dez. de 2013

....................... R E E S T R U T U R A Ç Ã O.....................

Em virtude das décadas em que se plantou a total descrença na Reestruturação da Polícia Civil do Estado de São Paulo colhe-se agora um resultado amargo, crítico, e em alguns casos de completo desdém.

Não. Este artigo não foi elaborado para criticar, nem para colocar em dúvida a Reestruturação anunciada pelo Delegado Geral de Polícia.

Muito pelo contrário.

Temos recebidos centenas de E-mails com mensagens parecidas, cujos pequenos trechos abaixo transcrevo:

- "fomos enganados pelos delegados";
- "fomos usados na operação blecaute";
- "só pensaram neles, e quando conseguiram o que queriam nos deixaram de lado”.

Não é hora disso. Até porque só o primeiro passo foi dado e vamos discutir agora o segundo, que é a reestruturação. E peço o apoio de todos às Entidades, ao Conselho e ao Delegado Geral. Com apoio será difícil. E sem apoiar?

Bem, quem sou eu para tentar tirar da cabeça das pessoas aquilo que pensam. Mas posso e vou tentar explicar alguns fatos que, em geral, as lideranças não colocam abertamente, seja porque não acham necessário, ou porque a base não participa muito das reuniões (e não participa mesmo, embora tenha suas razões) e com isso só fica informando quando pergunta pessoalmente, ou quando lê na Internet (hoje um meio tão usual de se buscar informações e tão confortável, que está colocando em risco a comunicação verdadeira por natureza que é a discussão presencial).

Vamos então para algumas considerações:

1 - não há nem tenho notícias de ter havido algum dia uma reunião presencial em São Paulo ou qualquer outro lugar entre todos os Escrivães e Investigadores Chefes dos DEINTERs e dos Departamentos;
1.a - os Delegados têm o Conselho;

2 - não existe reunião mensal, ou bimestral, ou trimestral, ou semestral, nem anual entre todos os líderes de todas as Entidades;
2.a - a ADPESP e o SINDPESP estão em constante contato, ainda que tenham divergências;

3 - há um estranho entendimento de alguns Sindicatos da Capital que acreditam que representam de fato e de direito TODOS os Policiais Civis do Estado de São Paulo. De direito é verdade. Mas de fato não. Podem representar alguns da Capital, mas o Estado todo não.
3.a - a ADPESP embora seja uma Associação é respeitada e sempre que necessário está junto com o SINDPESP, havendo ou não divergências.

4 - em geral os operacionais visitam e escrevem na Internet de forma aberta. Onde todos podem ler indiscriminadamente o que se escreve. E onde todos podem escrever o que querem sem que o leitor saiba quem de fato está escrevendo, se é policial civil ou não.
4.a - Os Delegados têm o DELPOL-PC. Área restrita. Quem sabe talvez até escrevam em um ou outro momento algo rude. E que divirjam uns dos outros. Mas se você não é Delegado, vai ter que se contentar em acreditar no que alguém te conta. Porque acesso você não terá.

Não precisamos ser gênios para entender o porquê de há tanto tempo tantas maravilhosas verdades serem jogadas na cara do Governo aqui na Internet por Policiais Civis, e até por quem não é, e NADA ter acontecido. NADA ter sido conquistado com esse comportamento.

Muito pelo contrário. Só perdas.

Os quatro itens acima são cruciais para o entendimento de nossa atual situação. E a reflexão sobre elas não deve passar pelo crivo dos nossos ressentimentos nos últimos 20 anos, ou nos atrasaremos mais ainda. O momento é de engolir um sapo enorme e trabalhar com a inteligência.

No Estado inteiro várias Associações e Sindicatos Regionais estão passando por renovações e sendo literalmente chacoalhados por gente nova. Isso é saudável.  Outros sendo CRIADOS, e vamos ajudar na criação. Podem entrar em contato. Se for preciso se socorrer à FEIPOL e valos colocar sua Região no mapa dos que reivindicam com profissionalismo.

Temos notícia que um SIPOL pode vir a ser criado no ABC por uma grande personalidade da Polícia Civil a quem tivemos o prazer de conhecer pessoalmente em São Paulo. E esperamos que aconteça. E conte com nosso apoio.

Para terminar.

O SIPOL Prudente gastou muito com dezenas de viagens a São Paulo só este ano. E a maior conquista foi conhecer pessoas, procedimentos, agentes administrativos que tocam a burocracia, saber onde as coisas acontecem e, principalmente, constatar a letargia que temos por conta dessa desunião.

Vivenciei nos últimos CINCO MESES a Dra. Marilda Panzonato indo e vindo da ALESP, da SSP, do Palácio dos Bandeirantes e da DGP praticamente TODOS OS DIAS.

Ela é uma só e tem muita gente apoiando. E tem estrutura financeira e postura pessoal pra isso. NÓS somos dezenas e não dá pra todos fazerem o mesmo. Um de nós tem que ser eleito, e preferencialmente da CAPITAL, sendo Presidente de Entidade ou mero Delegado Sindical ou Associativo, para fazer esse papel de embaixador, de relações públicas.

Deve visitar a ALESP dias a fio até ser conhecido e respeitado por grande parte dos DEPUTADOS ESTADUAIS (isso se chama LOB). Deve enviar por E-mail a todos os Presidentes, todos os dias, as impressões que teve naquele dia.

Até podemos fazer isso elegendo NOSSO (de dentro da casa, Policial CIVIL) Deputado Estadual. O mais forte que vislumbramos é o Senhor Georges Habib. Alguém vê motivos para dividirmos os votos e lançarmos um outro candidato para começar do zero? Sinceramente eu não.

Um Deputado tem acesso ao Palácio do Governo, aos Secretários e, se não fosse de suma importância eleger um de nossos quadros específicos, os banqueiros não fariam o mesmo, nem os industriais, nem os comerciantes, nem os investidores, nem os empreiteiros, etc.
Continua na Parte 2.