6 de nov. de 2013

Sim, a tabela traz valores menores. Mas...

Há muito tempo havia o comportamento governamental de atribuir as maiores porcentagens aos iniciantes nas carreiras Policiais Civis.
Sempre que uma classe ou outra era extinta, os iniciantes e os mais novos galgavam novas classes automaticamente e com isso tinham uma implementação salarial superior.
Após alguns anos o próprio Policial Civil que fora um dia iniciante na Carreira, ao ser promovido percebia que não varia diferença de faixa salarial entre as classes.
Esse desgaste financeiro vinha provocando o "achatamento das classes", motivo pelo qual a tabela sofreu uma correção na atribuição dos valores em que os mais antigos e nas classes superiores receberão um percentual maior do que os mais jovens e iniciantes.
Esse ponto das tratativas embora pareça injusto é extremamente salutar em face de promover o distanciamento entre as classes. Fator que vai ser sentido pelos iniciantes no decorrer da carreira.
Isso se explica facilmente: há milhares de Policiais Civis com mais de 20 anos de trabalho na carreira, que um dia entraram na SEXTA CLASSE, foram promovidos para QUINTA, QUARTA, TERCEIRA e hoje são SEGUNDA CLASSE. Os iniciantes já entram na TERCEIRA CLASSE com salário base até então 8,5% menor, apenas.
Assim um Policial Civil que deu o sangue por 15, 20, 25 anos recebe 8,5% a mais do que o Policial Civil que acabou de entrar na Carreira (embora saibamos que é um salário muito baixo pelas qualificações exigidas e pelo trabalho desempenhado com todas suas complicações).
Que incentivo tem um jovem em entrar na Carreira hoje sabendo que daqui a 20 anos receberá míseros 8,5% a mais?!
Então são essas as únicas diferenças entre a nova tabela e a anterior:
1 - inversão da pirâmide de atribuição de porcentagens (maior índice para a Classe Especial e assim por diante);  esse item causou uma diminuição dos valores da terceira classe;
2 - recuperação da distância de Classes que era de 8,5% para 10,5%.
NÃO ESTAMOS DIZENDO SOB NENHUMA HIPÓTESE QUE ESTAMOS CONTENTES COM ESSES VALORES. E a FEIPOL deixou isso muito claro para a Secretária Adjunta do Planejamento, Senhora Sibele Franzese: "o Governo não deve esperar que a categoria entenda esse posicionamento, muito menos que deixem de entender que o Governador não cumpriu o que anunciou publicamente à imprensa e no próprio Portal do Estado de São Paulo. Poderá haver irreparável perda de credibilidade.
DEIXAMOS BEM CLARO QUE: O Governo em nenhum momento chamou as Entidades de Classe dos OPERACIONAIS para participar das reuniões onde esses valores foram definidos. Mas sabemos que os Delegados foram chamados. A FEIPOL cobrou veementemente uma mudança de comportamento do Governo nesse aspecto, pois ficou claro que quem deve defender o interesse de cada Carreira são as suas Entidades de Classe, e não os seus Chefes que, ao invés de receberem como os Investigadores de terceira classe R$10,00 de Nível Universitário, receberam R$ 1.200,00 de Carreira Jurídica.
Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Carreira Jurídica é uma coisa, e Nível Universitário é outra. Mas essa outra não pode ser, no mesmo momento, tão brutalmente diferente.
Que dirão os cargos de Agentes, Carcereiros, Operadores de Telecomunicações, Papiloscopistas e Auxiliares de Papiloscopistas.
ESTAMOS SIM CONFIANTES NA REESTRUTURAÇÃO. Mas o momento do Nível Universitário é agora. E por isso tanta luta focada nessas duas Carreiras.
Senhores (as) ainda que sujeito à críticas, quero dizer que NÃO DEVEMOS FAZER COMPARAÇÕES COM OUTROS ÓRGÃOS DO GOVERNO, NEM PEDIR O QUE RECEBEM OU DEIXAM DE RECEBER. Pedir o que eles receberam seria pedir de volta o atrelamento. Se quisermos realmente que esse desatrelamento funcione para nos reestruturarmos, devemos voar com as próprias asas com alguma paciência.
Maiores informações no decorrer do dia.