3 de out. de 2013

ACADEMIA?

Os estudiosos da filosofia já arreganharam os olhos.
Mas que raio de título é este?! Talvez não esperassem vê-lo aqui. É certo.
Um pouco de história não faz mal. Às vezes a história expõe estórias. Como as da carochinha, por exemplo.
Sabemos que Platão fundou a primeira ACADEMIA, em Atenas. Uma prestigiada instituição para a pesquisa científica e filosófica.
Cerca de trinta anos após fundar a Academia Platão foi convidado para educar Dionísio II, em Siracusa, convite esse feito pelo tio de Dionísio, Dion. Esse objetivo foi frustrado por intrigas políticas. Platão então morreu no ano de 347 a.C., aproximadamente.
Platão teria sido o primeiro pedagogo, tanto por ter desenvolvido um método de ensino moldado à sua época, mas por inserido a ÉTICA e a POLÍTICA em seu contexto. Externando sem sombra de dúvidas que para Platão o objetivo final da educação na Academia era a formação do HOMEM MORAL, vivendo em um ESTADO JUSTO.
Aristóteles por sua vez fundou o LICEU.
É bom relembrar que Aristóteles foi discípulo de Platão na própria Academia.
No entanto o termo Liceu é hoje empregado conforme o tipo de ensino oferecido:
- liceu de ensino geral e tecnológico (ou simplesmente “liceus”);
- liceus profissionais;
- liceus agrícolas;
- liceus de defesa.
O termo Liceu é também usado para designar os estabelecimentos de ensino secundário de outros países como Itália, Bulgária, Chipre, Estônia, Grécia, Polônia, Romênia, Turquia e Uruguai.
Está pintado o primeiro panorama do porquê de termos no Estado de São Paulo a Academia de Polícia Civil Doutor Coriolano Nogueira Cobra.
Uma verdadeira Instituição de ensino que recepciona a nata dos alunos dos cursos de Direito do País, e dos mais diversos bacharelados em outras áreas, para formação em inúmeras carreiras.
Mulheres e homens que lutaram na vida civil custeando seus estudos, virando dia e noite, matando um leão por dia e outro pela noite.
De quatro a cinco anos conhecendo de perto o mundo dos estudantes, comerciários, funcionários, familiares, vizinhos, usando transporte público lotado, sentindo o que o POVO sente, passando todas essas dificuldades, conhecendo o POVO, convivendo com o POVO.
Mulheres e homens com experiência de vida em contato com a sociedade ativamente, em seus mais impressionantes anos de existência jovem, momento da construção da opinião ética madura, da concepção das vias conceituais do que é sofrer pelo primeiro emprego sério com o objetivo de constituir uma família.
Permeado, como toda a sociedade, da insegurança e fragilidade de qualquer tipo de estabilidade no emprego.
Que rica é a Academia de Polícia Civil.
Quão singular é a dinâmica entre cérebros com tão diversas experiências, e que crescimento excepcional traz.
Uma Instituição de Ensino que não torna alguém bacharel na base da caneta.
Mas uma Instituição que os seleciona do seio da sociedade madura através de concursos públicos de conhecimentos específicos extremamente difíceis.
Não é um mero vestibular. É concurso público para gente grande, na exata acepção da palavra.
Uma Instituição que colhe homens e mulheres com caráter formado lá dentro. Lá dentro do seio da sociedade que vai servir.
Fábio Morrone – Presidente do SIPOL

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