Embora hajam ainda pequenas controvérsias e poucos e arcáicos seguimentos que acreditam que a
Presidência de uma Entidade de Classe deva ser ocupada por alguém que está
aposentado, não se deve derramar muito suor em torno de uma questão tão
simples.
Não é a toa que existe o instituto do AFASTAMENTO DAS FUNÇÕES pelo período
do mandato. O afastamento existe em face de a quase totalidade das Presidências
de Sindicatos serem exercidas por trabalhadores DA ATIVA.
E a coisa toda é muito simples.
Ser aposentado por si só não qualifica ninguém de melhor forma para ser ou
não Presidente de uma Entidade.
Até porque se já estiver aposentado não sofrerá as consequências árduas no
dia a dia dos atos que praticar enquanto Presidente. Quem e quando vai se cobrar um aposentado?
Já o trabalhador da ATIVA se não realizar um bom trabalho, ainda que
afastado, aro RETORNAR às suas funções em sua unidade ou em outra, também
voltará a trabalhar com os colegas a quem representou durante aqueles anos à
frente da Entidade.
E ai sim perceberá na linda pele o que significou sua gestão.
E se não puder se afastar em virtude das características de sua Entidade,
melhor ainda.
Pois certamente viverá cara a cara com seus colegas durante todos
os dias valorando ainda mais todas as suas decisões e suas
consequências, pois delas também experimentará efetivamente. Como ocorre comigo cotidianamente.
Outro argumento DESINTERESSANTE é o de o aposentado ESTÁ LIVRE DAS GARRAS DA
CORREGEDORIA.
Senhores, Senhoras:
...quem entra para uma Entidade Sindical ou Associativa deve pensar em tudo.
Menos em praticar atos antiéticos e ilegais, seja criminal, civil ou
administrativamente.
Muito pelo contrário. Uma Entidade que representa Homens e Mulheres deve
fazê-lo com estrita postura digna.
Essa postura deve ser adotada imediatamente, porque qualquer outra postura,
como a que presenciamos no Colégio de Líderes em São Paulo, no mês passado, só
nos fez passar vergonha, e sermos praticamente "expulsos" da sala, o
que certamente ajudou a culminar no vergonhoso resultado do NU que experimentamos. Ou
alguém acha que ajudou a classe em algo?
A postura simplista do combate, da crítica, do inimigo, do enfrentamento NÃO
FUNCIONOU NAS ÚLTIMAS DÉCADAS.
FALIU.
Se você está na ATIVA entende muito bem o que é ser representado por um
aposentado. Se você é aposentado, não faz diferença ser representado por alguém
que está na ATIVA.
Toda Entidade deve ter um Departamento Jurídico e falar através dele quando
for necessário. Seja na Corregedoria ou na Justiça, ou onde a lide estiver. Não tem que agir de forma pessoal.
Portanto, ser aposentado ou não, não importa.
Sou Segunda Classe sim e estou na ativa. Nunca ofendi e nem vou ofender
ninguém de órgãos corregedores ou judiciais, ou administrativos. E jamais vou sair por ai citando nomes a não ser para elogiar.
Se precisar
discutir algo com o Governo ou com a Administração, ou com a Corregedoria, vamos fazê-lo através do Departamento Jurídico e dentro dos estritos limites da Lei. E não na fanfarronice.
Por isso reforço o convite para a reunião do dia 27 de novembro às 19h00min
a todos os Investigadores e Escrivães de Terceira Classe, aos Jovens da Ativa, a conhecer nossos trabalhos e outros tantos, e interagirem conosco.
Fábio Morrone - SIPOL PRUDENTE.