17 de ago. de 2014

QUEM APAGOU A LUZ DA POLÍCIA CIVIL PAULISTA foram todos aqueles que quando consultados disseram: "não, não, na minha área, na minha delegacia, lá em casa está tudo bem".

Semana passada alguns funcionários foram aposentados em virtude de terem 65 anos de idade.
Mas, também em virtude disso, e seguindo a mais nobre tradição PALACIANA de MALTRATAR O POLICIAL CIVIL E EXIGIR-LHE UM POUCO MAIS,
não bastando muitos estarem a beira de baixa médica as Entidades têm duas considerações principais:
1 - as mulheres da POLÍCIA MILITAR vão para a reserva aos 25 anos de trabalho, sendo 15 na PM, com PARIDADE, INTEGRALIDADE e um POSTO A MAIS. Ou seja, muitas que são CABOS, vão deixar de trabalhar com 43 anos de idade como 3º SARGENTO, com PARIDADE e INTEGRALIDADE. E não são poucas, até porque agora quase toda a tropa é formada de CABOS. Parabéns aos Comandantes da PM que durante esses 20 anos não pensaram somente em si. E 5 anos no Coronelato lhes bastou para mostrar competência.
2 - as mulheres da POLÍCIA CIVIL (e os homens pior ainda) não têm NADA PARA COMEMORAR. 
Pior que isso, muitas vezes são obrigados a ouvir discursos de motivação de sexta categoria com o objetivo de extrair leite de pedra. Uma técnica de liderança arcaica já enterrada pelos próprios militares e grandes executivos a décadas.
Isso não estimula nada a não ser a contrariedade velada. E o buraco afunda mais enquanto o cadeirante acha que está arrasando.
Houve muito apego às cadeiras nas últimas décadas e quase nenhum empenho pela condição HUMANA. Isso, claro, vitimou profissionalmente os próprios funcionários "cadeirantes". Porque basearam seu assento em algo frágil: a servil obediência política, em detrimento da evolução Institucional, que lhe daria firme alicerce.
Mas vitimou muito mais os funcionários chamados OPERACIONAIS.
Toda essa verdadeira barafunda bandeirante em torno da LC 144/14 é resultado da possibilidade de 15 MIL FUNCIONÁRIOS estarem em condições de deixar a casa com integralidade e paridade, SEM reposição.
QUEM APAGOU A LUZ DA POLÍCIA CIVIL PAULISTA foram todos aqueles que quando consultados disseram: "não, não, na minha área, na minha delegacia, lá em casa está tudo bem". Não foi a Administração atual, ou a passada, ou a anterior, etc, etc. Foi o comportamento de bloco, repetitivo de não querer incomodar o governo com "bobagens". 
Tal fenômeno em qualquer país mequetrefre seria motivo de escárnio público. Aqui o discurso é...."vamos adiante", "não podemos parar", "somos policiais por vocação", "ganhamos RETP". 
Esse último argumento nem descolado não é mais. Não é mais a caixa de pandora para exigir de ninguém mais trabalho.
O RECONHECIMENTO ESTATAL dessa bobagem é que a PM também recebe RETP, mas também recebe a JORNADA EXTRAORDINÁRIA, o que atesta claramente que: trabalhou mais, o Estado DEVE ser acionado nesse sentido. 
RETP não é regime ESCRAVAGISTA de governo nenhum.
Exemplo de comportamento repetitivo, massivo é o discurso dos jogadores de bola. Já notaram como são pré definidos?
Abaixo um toque de humor sobre o discurso corporativo. E depois um exemplo, em um segundo vídeo também divertido, de absoluta distorção da realidade, pela venda da propaganda enganosa, também ilustrado via futebol.



https://www.youtube.com/watch?v=qM57EARujzU

O presente artigo, longe de ser uma crítica, ou um arremedo a essa ou aquela polícia, é uma constatação EMPÍRICA das Polícias Civis em todo o Brasil. Concentramos o texto na paulista em face da sua situação atual ser de absoluta discriminação em face do tratamento dado à militar, pelo Governo do Estado.